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Você já ouviu falar em economia criativa e sabe do que se trata? Esse setor está relacionado à cultura e ao entretenimento, sendo responsável por uma considerável parcela do Produto Interno Bruto (PIB) de vários países.
Trata-se do conjunto de atividades e negócios que se baseiam em criatividade, cultura e no capital intelectual. Inclusive, essa área é capaz de gerar cada vez mais empregos e renda para profissionais do mundo todo que atuam em diferentes ramos.
Para entender melhor o tema, preparamos este post para apresentar os principais conceitos relacionados à economia criativa. Se você se interessa por cultura ou pretende usar o capital intelectual para gerar renda, continue a leitura e confira os detalhes.
O que é a economia criativa?
A economia criativa consiste em um conjunto de atividades e ações relacionadas à cultura, criatividade e tecnologia que geram receita e impacto. No setor econômico, podemos falar que ela tem ligação com a distribuição, produção e criação de bens e serviços criativos.
Assim, ela pode ser composta pela composição de uma música, a produção de uma novela, filme ou série e até mesmo a criação de um aplicativo que resolva problemas do dia a dia.
Ou seja, tanto a música que toca no rádio quanto a comida que você pede por um aplicativo são frutos da economia criativa e comportamental. Por isso, esse ramo faz parte das nossas vidas diariamente, mesmo em situações que não percebemos.
Em geral, tudo que se relaciona com essa cadeia costuma gerar muita receita. As atividades que se enquadram como economia criativa representam quase 3% do PIB nacional, movimentando R$ 171,5 bilhões por ano na economia.
Inclusive, a geração de receita desse segmento no Brasil é maior do que em países de primeiro mundo, como a Espanha e a Itália.
Quais são os nichos da economia criativa?
Foram definidos 20 setores dentro da economia criativa para que fosse possível criar estratégias direcionadas. São eles:
- música;
- audiovisual;
- games;
- TV;
- artesanato;
- softwares aplicados à economia criativa;
- artes visuais;
- animação;
- artes cênicas;
- moda;
- rádio;
- design;
- publicidade;
- cultura popular;
- entretenimento;
- literatura e mercado editorial;
- eventos;
- gastronomia;
- turismo cultural;
- arquitetura.
Dessa maneira, podemos dizer que são exemplos de economia criativa o edifício Copan de Oscar Niemeyer (arquitetura), bem como o Carnaval de Olinda (cultura popular) e uma produção audiovisual (como Tropa de Elite).
Conforme o Plano da Secretaria da Economia Criativa, os setores criativos são “aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social”.
Todos os empregos e ocupações que têm relação com essas áreas são considerados criativos. Além disso, muitos dos setores criativos não se submetem às legislações tradicionais do mercado. Esse é o motivo pelo qual a Economia Criativa é uma maneira de inserir muitos dos profissionais dessas áreas em uma economia sustentável.
Já de acordo com um estudo feito pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), é possível dividir a Economia Criativa ou a Indústria Criativa por meio de três categorias. São elas:
- atividades relacionadas: são aquelas que proporcionam algum tipo de material ou serviço para determinada indústria criativa;
- indústria criativa: engloba empresas ou profissionais que têm as ideias criativas como principal ramo de atividade;
- apoio: contribuem para a indústria criativa de forma indireta.
Qual é a relação da economia criativa com a tecnologia?
A área da tecnologia é uma das que apresentou grande índice de crescimento nos últimos anos. Isso ocorre porque se trata de um setor muito dinâmico, que passa por diferentes transformações a cada ano. A sua divisão se dá da seguinte maneira:
- P&D (pesquisa e desenvolvimento): composto por desenvolvimento experimental e pesquisa em geral, com exceção da biologia;
- TIC: desenvolvimento de sistemas, softwares, consultoria em TI e robótica;
- biotecnologia: pesquisa em biologia, bioengenharia e atividades em laboratório.
A área da tecnologia é o ramo que apresenta um dos mais elevados índice de remuneração, uma vez que os empregos do ramo estão alinhados à tendência mundial de digitalização.
Hoje em dia, a maior parte das companhias que fazem parte do setor são as pequenas e médias. No entanto, as grandes organizações notam cada vez mais a importância de investir em projetos inovadores.
Podemos dizer que a tecnologia puxa a economia criativa, uma vez que invenções, como o desenvolvimento de softwares, o big data (área que estuda o tratamento, análise e obtenção de dados), a internet das coisas (IoT) (rede de objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados) e a indústria 4.0 (tecnologias que melhoram a eficiência e produtividade de diversos processos), por exemplo, são exemplos que aliam a criatividade e o domínio das tecnologias mais recentes.
Inclusive, o acesso à tecnologia é um dos catalisadores dessas mudanças, pois, ao surgirem sites, aplicativos e plataformas que fazem parte da indústria criativa, se torna possível auxiliar os profissionais a terem mais espaço.
Qual é o potencial do mercado inventivo?
Agora que você já conhece as áreas que integram o setor, deve ter notado o tamanho da importância da economia criativa para o desenvolvimento dos países, não é mesmo? De acordo com os dados avaliados pela Organização das Nações Unidas (ONU), trata-se de um dos setores com crescimento mais rápido na economia global.
Essa expansão ocorre justamente por conta do poder inclusivo, sustentável e transformador que é gerado pela criatividade e pela cultura de inovação. Por isso, até mesmo em momentos de crise o setor consegue levantar as economias.
Esse feito é possível porque, mesmo em tempos de orçamento apertado, como nos momentos em que o Poder Público não conta com verba para investir, a criatividade dos indivíduos não para. As pessoas conseguem ter boas ideias e criar negócios que exploram a capacidade intelectual e imaginativa.
Essa área também é capaz de impressionar pela geração de renda e emprego para as populações. Hoje em dia, existem milhões de profissionais que trabalham com economia criativa ao redor do mundo.
É válido destacar, ainda, o impacto social das atividades desse mercado. De acordo com a
Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a indústria criativa é a que mais emprega jovens na Europa. O que também pode virar uma tendência no Brasil.
Já nos países em desenvolvimento, boa parte dos produtos criativos são produzidos por mulheres. Uma vez que, nesse ramo, elas conseguem aproveitar oportunidades que talvez não teriam em outros setores.
Não há limites que possam ser colocados para a economia criativa. O Brasil é um país que conta com um imenso potencial em razão da diversidade cultural, subutilização de recursos e criatividade da população.
Para aprimorar o mercado inventivo existem diversas medidas que podem ser adotadas, como viabilizar o acesso a educação e materiais (como livros e e-books), bem como a tecnologia, celulares e computadores.
Para a expansão, também é preciso que haja um ambiente favorável para que pessoas criativas possam desenvolver ideias sem que elas precisem gastar muito tempo se preocupando com burocracias.
Por que investir na economia criativa e no mercado inventivo?
Como é possível observar ao longo do post, o assunto conta com grande importância. Inclusive, conforme pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, se o ramo fosse um país, teria um PIB de 4,3 bilhões de dólares. Ou seja, seria o quarto maior do mundo.
De acordo com John Howkins, pesquisador da área, o crescimento da economia criativa em países como China, Estados Unidos e em locais da Europa é 3 ou 4 vezes maior em média do que o da economia em geral.
Isso quer dizer que a área conta com cenários mais otimistas e favoráveis, sendo um setor que é capaz de crescer mesmo em plena crise — o que ocorre porque uma nação pode perder a capacidade para investir, infraestrutura e até mesmo de reservas internacionais, mas a cultura, a história e a criatividade da população não deixam de existir.
A partir disso, diversas ideias podem surgir e empreendimentos podem ser feitos, sendo papel do governo e das empresas em geral permitir que esse ecossistema se desenvolva com o devido apoio.
Como investir em economia criativa?
O mercado para quem deseja atuar na economia criativa não se limita à parte artística, já que a área requer bons profissionais de diversos ramos, como publicitários, administradores para empresas do setor cultural e profissionais da área da tecnologia da informação (TI).
Com o aumento do número de empresas do ramo, atualmente os profissionais de diferentes áreas são capazes de se enquadrar dentro do mercado de economia criativa. Para trabalhar no segmento, você pode elaborar um plano de carreira voltado para esse objetivo.
Aqueles que já contam com uma formação acadêmica, mas querem estudar o assunto de maneira mais aprofundada, podem ingressar em um curso de pós-graduação que aborde o tema.
Nesse sentido, o curso de Pós-graduação em Gestão e Geração de Valor na Nova Economia é capaz de ajudar os profissionais a desenvolverem grandes conhecimentos acerca da dinâmica , da mentalidade e dos mecanismos do mercado para que seja possível aproveitar as melhores oportunidades.
Durante o curso são aprendidas técnicas e teoria sobre as mudanças da economia, entendendo os motivos que resultaram em seu desenvolvimento. Dessa forma, você se mantém atualizado sobre os novos modelos de negócios e as novas ferramentas de gestão. O curso ainda capacita o aluno para desenvolver estratégias com maior agilidade e organização.
Como vimos, a economia criativa é uma área muito relevante que é responsável pela geração de muitos empregos. Como se trata de um ramo que tem relação direta com a tecnologia, há um alto potencial de crescimento nos próximos anos.
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