*Por Fernanda Vasconcelos.
Em webinar com a HSM Management a escritora, professora e palestrante PhD Martha Gabriel associa a crise sanitária global gerada pela COVID-19 ao conceito VUCA que surgiu na década de 1970, quando o exército americano analisando um possível cenário de guerra constatou que as práticas interventivas não podiam ser as mesmas em meio a um cenário volátil, incerto, complexo e ambíguo. Das iniciais destas palavras surgiu o conceito VUCA.
A autora aponta para atualidade do conceito nos projetando a uma análise do cenário de crise numa perspectiva de mudança e desenvolvimento de pessoas e negócios. Visto que, assim como foi constatado pelo exército americano na década de 1970, podemos concluir hoje em meio aos desafios impostos pela crise sanitária global COVID-19 a presença do mesmo cenário que inspirou o debate sobre um contexto volátil, incerto, complexo e ambíguo.
De acordo com Martha Gabriel, a crise dá seus sinais ao longo do tempo, o mundo VUCA pede que tenhamos visão, compreensão, clareza e agilidade para notarmos os seus sinais e agirmos com a devida sensibilidade e preparo no seu enfrentamento. A mudança é exponencial e a tecnologia por meio da robótica e inteligência de dados fomenta ainda mais a complexidade.
O cenário atual faz com que as empresas repensem o seu planejamento a curto prazo, objetivos e tomadas de decisão. De acordo com a especialista, é salutar a preocupação das empresas com a liderança digital e o engajamento dos seus colaboradores, visto que as empresas que têm atravessado esse momento com menos dificuldades possuem produtos digitais ou ao menos já digitalizaram seus processos como ocorre no segmento de foodservice. O uso das ferramentas digitais se tornou o grande diferencial competitivo para o mercado mundial.
Para a autora, o imperativo do mundo ágil é ser mais digital, propondo um novo ritmo ao mercado. Nisso observa-se que a capacitação não é opcional, pois tudo fica obsoleto de forma muito rápida. O novo nos leva a lidar com novos desafios e isso deve nos direcionar incansavelmente ao desenvolvimento das soft skills e hard skills.
Durante muito tempo, as hard skills estiveram no foco das avaliações de desempenho e contratação de pessoas em uma organização. Mas cada vez mais tem-se olhado para a importância da congruência entre hard skills, que são as habilidades que podem ser facilmente aprendidas e ensinadas, e as soft skills que são as habilidades socioemocionais.
Quando pensamos em habilidades e competências essenciais em um mundo Pós-pandemia, no topo da lista de forma preponderante está a inteligência emocional que é uma soft skills. A psicóloga e professora da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, Susan David, após 20 anos de estudos se tornou uma referência sobre o assunto que indiscutivelmente recebeu destaque nos últimos meses em que estivemos inseridos no contexto do isolamento social que facilmente nos expõe a fatores ansiógenos.
Para Susan David o modo com o qual lidamos com as nossas emoções, pensamentos, sentimentos e autojulgamentos influenciarão diretamente a nossa saúde, sensação de bem-estar e desempenho.
Desse modo, podemos concluir que a inteligência emocional pressupõe que estejamos constantemente comprometidos com o nosso desenvolvimento, dotados de técnica e conhecimento teórico, porém, cada vez mais resilientes e capazes de trabalhar sob pressão, adotar técnicas de resolução de conflitos, possuir visão holística, comunicação interpessoal e compartilhamento de informação e conhecimento. Tais competências e habilidades sem dúvida nos tornarão mais preparados e diferenciados para enfrentar os novos desafios e oportunidades presentes em nosso dia a dia.
Aproveite o início de um novo ano e invista em conhecimentos que poderão potencializar suas soft skills e hard skills!
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