O que é FMEA? Veja como funciona, as vantagens e dicas para aplicar

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Ter padrões de qualidade é uma necessidade de toda indústria. Primeiro, para garantir que os clientes estejam satisfeitos com a solução ou com o produto. Em segundo lugar, porque, quanto mais acertados os processos, mais eficiência e economia uma empresa consegue, tornando-a mais competitiva. Assim, a metodologia FMEA é uma das soluções para isso.

A seguir, você entende o que é FMEA, quais as vantagens e como aplicar essa análise em uma indústria. Confira!

O que é FMEA?

FMEA é a sigla para Failure Mode and Effect Analysis, ou seja, análise de modos de falha e seus efeitos. Na prática, utilizar a metodologia do FMEA permite analisar possíveis falhas e o que essas ocorrências poderiam causar dentro de uma empresa, em uma atitude proativa.

Vale dizer que a metodologia surgiu por volta de 1949, nos Estados Unidos, em operações militares. A Nasa também a usou e, na sequência, a Ford, ao ver o que é FMEA, passou a apostar na ferramenta para garantir as normatizações de segurança em seus carros.

Qual é a proposta desse conceito?

Todos os processos de uma indústria estão sujeitos a falhas e também podem ser otimizados, por isso a necessidade de aumentar a eficiência e a eficácia da Failure Mode and Effect Analysis. Assim, além de entender quais os erros são cometidos e como eles afetam a indústria, o FMEA identifica as ações prioritárias de melhoria, permitindo uma gestão de processos na empresa bem-feita e eficiente.

É possível aplicar o FMEA em produtos para identificar as falhas, o que fugiu do padrão e das especificidades apresentadas no projeto. Além disso, quando se trata de processos, o FMEA permite entender as falhas desde o começo do planejamento à execução final.

Quais são as vantagens que o FMEA traz aos negócios?

Todo negócio tem concorrentes e, para se diferenciar deles, qualidade do produto e eficiência na produção, usando menos recursos e garantindo preços mais competitivos, são bons começos. Com isso em mente, veja as principais vantagens do FMEA na sequência.

Orienta medidas preventivas

Ao incorporar o que é FMEA em uma indústria, passa-se a ter uma rotina de atualizações e transformações tecnológicas, que tornam possíveis os controles preventivos. Dessa maneira, são compreendidas as ocorrências de falha ou modo de falha de maneira proativa.

Diminui a frequência de falhas

Acontece tanto pelas medidas preventivas quanto também pela compreensão de todo o processo, que permite corrigir os erros o quanto antes para os processos serem mais fluidos.

Reduz custos na empresa

A redução de custos é possível por causa da diminuição de erros, que economiza materiais, mão de obra e recursos, e também pelo fato de trazer mais eficiência à produção — fazendo mais com menos.

Traz mais qualidade a produtos ou soluções

Com o FMEA, uma indústria coloca no mercado produtos prontos e adequados, que estão de acordo com as expectativas do público e com menos probabilidade de defeitos. Ao prevenir falhas e adequar a solução, você aperfeiçoa a experiência do consumidor.

Como ele se aplica na prática?

Você pode aplicar o FMEA tanto na produção de novas soluções, na remodelagem de um processo (buscando atualizações e mais competitividade) quanto naqueles que já existem e continuam do mesmo jeito há anos.

Até porque uma das prerrogativas da metodologia é documentar o conhecimento atual de um processo e seus erros para mais inteligência da indústria.

Quais são os passos para calcular riscos com FMEA?

Para calcular os riscos usando FMEA, você deve juntar uma equipe com know-how no produto ou na solução e que seja multidisciplinar. Depois, é preciso seguir os passos abaixo.

  • identificar e documentar as falhas, tanto de design quanto de gestão, de produção e de transporte;
  • ver por que as falhas acontecem e quais consequências geram;
  • pontuar a gravidade das falhas (S) de um a 10, sendo um de pouco impacto e 10, catastrófica;
  • identificar as causas;
  • verificar a probabilidade de ocorrência (O) das causas, também de um a 10, sendo um para baixa probabilidade e 10, alta;
  • classificar a detecção (D), ou seja, a probabilidade de identificar a causa ou modo de falha após a ocorrência de um (certeza de detectar antes de chegar ao cliente) a 10 (nenhum controle sobre isso);
  • calcular os riscos pela fórmula S x O x D, o valor orienta a classificação das falhas na ordem em que precisam ser resolvidas;
  • colocar em prática as ações, além da constante monitoração.

Agora que já sabe o que é FMEA e como colocá-lo em prática, parta para a ação, entendendo os processos e trazendo mais diferenciais competitivos à indústria — mesmo porque as soluções e os processos vão ganhar em confiabilidade.

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